"DEUS VISITOU O SEU POVO"! Lucas 7.11-17

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Pode celebrar a vida, mesmo em contexto onde a morte ainda é real, quem crê na visita de Deus através do advento de Jesus Cristo.

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Grande ideia: Pode celebrar a vida, mesmo em contexto onde a morte ainda é real, quem crê na visita de Deus através do advento de Jesus Cristo.
Estrutura: Os cortejos da vida e da morte que se encontram na “porta da cidade” (vv. 11,12), o olhar que precipitou um ato compaixão por parte de Jesus (vv. 13-15) e a noticia que foi divulgada por toda a região: “Deus visitou o seu povo!” (vv. 16,17)
Além dessa narrativa, apenas mais duas outras encontramos relatos de ressurreição efetuadas por Jesus: Lc 8.49-56 e Jo 11.20-44
Lucas 7.22 (NAA)
22Então Jesus lhes respondeu: — Voltem e anunciem a João o que vocês viram e ouviram: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres está sendo pregado o evangelho.
https://www.christianitytoday.com/history/people/poets/john-donne.html
1572-1631
"Morte, não se orgulhe, embora alguns o tenham chamado de Poderoso e terrível, pois você não é assim."
"Eis", pregou o ministro recém-ordenado, citando o Livro das Lamentações no funeral de sua esposa, "eu sou o homem que viu a aflição."
Em 1623, Donne adoeceu gravemente e acreditava estar morrendo de peste. Incapaz de ler, mas capaz de escrever, ele escreveu suas famosas Devotions upon Emergent Occasions . Nele, ele registra ouvir sinos de igreja dobrando uma declaração de morte, que ele interpretou como um anúncio de sua própria morte. Quando percebeu que eram por outro, ele escreveu um dos versos mais famosos da literatura: "Nenhum homem é uma ilha, inteiro de si mesmo; ... portanto, nunca mande saber por quem os sinos dobram; dobram por ti."
Oito anos depois, o sino tocou por Donne, que morreu de câncer no estômago cerca de um mês depois de pregar seu famoso sermão "O duelo da morte". Embora ele tenha sido ocasionalmente acusado de obsessão pela morte (uma afirmação apoiada por suas 54 canções e sonetos, 32 dos quais centrados no tema), sua poesia, sermões e outros escritos mostram claramente sua afinidade com o que está além do pedágio sinos:
Morte, não se orgulhe, embora alguns o chamem de
Poderoso e terrível, pois você não é assim ...
Passado um breve sono, acordamos eternamente,
E a morte não existirá mais; Morte, você morrerá.
01. Cortejos na porta da cidade. (vv. 11,12)
(a) Saindo de Cafarnaum e chegando em Naim (Vale de Beleza) (40 km).
(b) Jesus estava acompanhado de “seus discípulos” e “numerosa multidão”.
(c) Em sentido contrário, vinha uma “grande multidão da cidade” em cortejo fúnebre do filho único de uma viúva.
Há um grande contraste entre a procissão que, em passos tristes e lamentosos, deixa a cidade, e aquele que, feliz porque o Senhor está em seu meio, está prestes a entrar na cidade. Como Lutero diz, aqui o Senhor ousadamente se coloca no caminho da morte, como o Poderoso que tem autoridade e poder sobre ela.

Com a morte desse filho único, a última fonte de sustento e proteção dessa mulher se esvaía, e a esperança de perpetuar a linhagem da família se desvanecia. Seria essa morte, depois da morte anterior de seu esposo, também uma severa provação para sua fé em um Deus que ama e cuida? Embora o texto não o indique, devemos pelo menos considerar essa possibilidade. Sua condição era realmente trágica.

Warren Wiersbe:
Em termos espirituais, cada um de nós se encontra em um desses dois grupos. Se crermos em Cristo, estamos indo para a cidade (…). Se estamos “mortos nos nossos pecados”, já estamos no cemitério e sob a condenação de Deus (…).
Hebreus 11.10 (NAA)
10Porque Abraão aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e construtor.
Hebreus 11.13–16 (NAA)
13Todos estes morreram na fé. Não obtiveram as promessas, mas viram-nas de longe e se alegraram com elas, confessando que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
14Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria.
15E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar.
16Mas, agora, desejam uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porque lhes preparou uma cidade.
Efésios 2.1–3 (NAA)
1Ele lhes deu vida, quando vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados,
2nos quais vocês andaram noutro tempo, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência.
3Entre eles também nós todos andamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais.
(d) Relatos semelhantes:
Lucas 9.38 (NAA)
38E eis que, do meio da multidão, surgiu um homem, dizendo em alta voz: — Mestre, peço que o senhor olhe o meu filho, porque é o único que tenho.
Lucas 8.42 (NAA)
42Pois tinha uma filha única de uns doze anos, que estava morrendo. Enquanto Jesus caminhava, as multidões o apertavam.
(r) Gosto de pensar nesse ponto:

Nossa atenção, porém, não deve fixar-se demasiadamente apenas nessa viúva e seu filho único. Deve concentrar-se antes no Filho único de Deus. Quando ele aparece em cena, é possível considerar a morte de um único filho terreno como algo irremediável?

02. O olhar que provocou compaixão. (vv. 13-15)
(a) Destaco aqui que primeiro o Senhor a viu, e depois se compadeceu dela.

No NT, horáō e eídon são os mais comuns verbos de visão. O primeiro ocorre umas 113 vezes, o último, umas 350 vezes nos Evangelhos, em Atos e em Apocalipse. eídon é menos comum em João, principalmente porque o perfeito heṓraka é preferido.

Com frequência, os verbos significam “perceber” em sentidos tais como “experimentar”, “notar”, “estabelecer”, “constatar”, “conhecer”, “julgar”, “marcar”, “prestar atenção”.

Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong 4697 σπλαγχνιζομαι splagchnizomai

σπλαγχνιζομαι splagchnizomai

voz média de 4698; TDNT - 7:548,1067; v

1) ser movido pelas entranhas; daí, ser movido pela compaixão; ter compaixão (pois se achava que as entranhas eram a sede do amor e da piedade)

Jesus se dirige à viúva, a qual seguramente encabeçava o cortejo fúnebre. Seu coração se condoeu por ela. Possivelmente esta seja uma das melhores traduções do original. Ela foi adotada por Phillips, N.E.B. e N.V.I. Outra tradução igualmente boa é: “Seu coração se moveu de compaixão por ela” (Williams).

(b) A expressão usada por Jesus, “não chores”, tem o sentido de: “não se lamente em dor e aflição”. “Pare de chorar”.

Essa ordem seria ilógica, a menos que aquele que pronunciava essas palavras pudesse eliminar a causa das lágrimas da viúva.

João 11.33 (NAA)
33Quando Jesus viu que ela chorava, e que os judeus que a acompanhavam também choravam, agitou-se no espírito e se comoveu.
João 11.35 (NAA)
35Jesus chorou.
(c) A coragem de Jesus para encarar a morte impressiona, ele toca no esquife, e ordena ao morto: “Levante-se” (“despertar do sono da morte, chamar de volta da morte para a vida”.
Lucas, Volumes 1 e 2 Notas sobre Palavras, Frases e Construções em Grego em 7.11–17

“Uma particularidade surpreendente é que o morto não era sepultado em um caixão. Ao contrário, quando o corpo morto estivesse envolto no sudário, era colocado sobre essa espécie de maca. No episódio da ressurreição efetuada em Naim, torna-se claramente evidente que a referência não é a um caixão. O Salvador tocou a maca, e mediante sua palavra o morto sentou-se e começou a falar”

Aquele que podia comer e beber com publicanos e pecadores sem se contaminar, tampouco experimentaria contaminação por tocar essa maca. Ao contrário, em vez de ficar imundo, ele estava agora no processo de vencer a morte e a imundície.

Lucas 8.54 (NAA)
54Mas Jesus, tomando-a pela mão, disse em voz alta: — Menina, levante-se!
João 11.43 (NAA)
43E, depois de dizer isso, clamou em alta voz: — Lázaro, venha para fora!
(d) Gosto de pensar nesta cena: o filho morto renasce para a vida, e começa a “conversar” com a sua mãe. E ai Jesus restitui esse vinculo que a morte rompeu, e a vida evocada por ele reafirmou.
1Reis 17.23 (NAA)
23Elias tomou o menino e o levou do quarto até a casa; entregou-o à mãe dele e disse: — Veja! O seu filho está vivo.
2Reis 4.36 (NAA)
36Então Eliseu chamou Geazi e disse: — Chame a sunamita. Ele a chamou. Quando ela chegou, Eliseu disse: — Pegue o seu filho.

Em outros termos, Deus ama a família. Ele é – tenha isso sempre em mente – o Deus da aliança, isto é, “de Abraão e sua descendência”, não meramente de Abraão. Ele quer que a família seja intimamente unida. As crianças lhe pertencem; elas são suas filhas, pois ele tem um direito especial sobre elas. Em seu grande amor, ele lhes diz: “Dá-me filho meu, o teu coração” (Pv 23.26).

(e) Interessante:
Warren Wiersbe:
Num gesto de grande ternura, Jesus pegou o menino e o entregou à mãe, agora transbordando de alegria. A cena toda lembra o que acontecerá quando Cristo voltar e reencontrarmos nossos entes queridos que estão na glória.
1Tessalonicenses 4.13–18 (NAA)
13Irmãos, não queremos que vocês ignorem a verdade a respeito dos que dormem, para que não fiquem tristes como os demais, que não têm esperança.
14Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, na companhia dele, os que dormem.
15E, pela palavra do Senhor, ainda lhes declaramos o seguinte: nós, os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, de modo nenhum precederemos os que já morreram.
16Porque o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;
17depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.
18Portanto, consolem uns aos outros com estas palavras.
03. A noticia de que “Deus visitou o seu povo!” (vv. 16,17)
(a) O temor (“aquilo que espalha medo”) tomou conta de todos naquela audiência.
(b) E glorificando a Deus.... esse é o ponto importante: a Deus. Houve o reconhecimento de que tudo se tratava da chegada do próprio Deus de Israel entre eles.
Paralela, porém, à explicação de Jesus estava a “abertura de mente dos discípulos”, algo que também devia acontecer. Lucas é claro ao dizer que os acontecimentos envolvendo Jesus são aqueles nos quais toda a história antiga de Israel havia se concentrado, levando-a ao seu objetivo divinamente ordenado. Mas isso não é algo que o leitor casual é capaz de ver só de bater o olho. Não é algo que Caifás ou os fariseus reconheceriam de maneira instantânea quando os seguidores de Jesus começassem a anunciar que ele havia ressuscitado dentre os mortos. Todos teriam de “pesquisar as escrituras dia após dia para ver se o que escutavam correspondia ao que ouviam” (Atos 17:11). A ideia que os autores dos evangelhos desejam muito transmitir — que a vida, a morte e a ressurreição de Jesus formam de fato o ponto culminante da história de Israel, mesmo que ninguém esperasse tal coisa ou que muitos não gostassem do modo como a história lhes era apresentada — é algo que, como o próprio Jesus ressurreto, é visível ao olhar da fé. A história faz sentido como um todo ou não faz sentido algum.
Wright, N.T.. Como Deus se tornou rei (p. 98). Thomas Nelson Brasil. Edição do Kindle.
(c) O que vem a significar: “Grande profeta se levantou entre nós. Deus visitou o seu povo”?
Deuteronômio 18.15 (NAA)
15— O Senhor, seu Deus, fará com que do meio de vocês, do meio dos seus irmãos, se levante um profeta semelhante a mim; a ele vocês devem ouvir.
Atos dos Apóstolos 3.22–23 (NAA)
22Porque Moisés disse: “O Senhor Deus fará com que, do meio dos irmãos de vocês, se levante um profeta semelhante a mim; a esse vocês ouvirão em tudo o que ele lhes disser.
23Quem não der ouvidos a esse profeta será exterminado do meio do povo.”
(d) Logo essa noticia alvissareira foi espalhada por toda Judeia e região.
Lucas, Volumes 1 e 2 D. A Multidão

Essa notícia está ainda circulando. Está realizando sua missão no coração e na vida de todos os que levam a sério essas histórias inspiradas. Essa história fortalece sua fé e os leva para mais perto de seu Salvador: um Profeta infinitamente maior que qualquer outro antes dele, um Sumo Sacerdote do qual emana uma compaixão genuína e efetiva, e um Rei que triunfa sobre a morte. A ele seja a glória pelos séculos dos séculos!

04. Outras aplicações:
(a) Quando nos encontramos com Jesus, sempre algo acontece. A vida entra na morte. A alegria invade a tristeza. O luto cede lugar à gratidão. O Príncipe da Paz vence o Rei dos Terrores.
Jó 18.14 (NAA)
14O ímpio será arrancado da segurança de sua tenda, e será levado ao rei dos terrores.
Jamais devemos esquecer essa grande verdade. O mundo que nos cerca está cheio de tristeza. Enfermidades, dores, pobreza, trabalho árduo e problemas existem por todos os lados. De uma extremidade a outra da terra, as histórias das famílias estão repletas de lamentações, choro, lamúrias e aflições. E de onde provêm? O pecado é a fonte e a raiz de onde fluem todas essas infelicidades.
Ryle, J. C.. Meditações no Evangelho de Lucas (Meditações nos Evangelhos) (p. 148). Editora Fiel. Edição do Kindle.
João 10.10 (NAA)
10O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.
(b) Jesus é a manifestação plena da compaixão de Deus. Através de Jesus, Deus se torna Rei da nossa história. O Rei da Vida!
Permanece vivo aquele que, à porta da cidade de Naim, trouxe um cântico de alegria ao coração daquela viúva. Ele continua vivo e disposto a receber todos os que possuem corações exaustos, se o buscarem pela fé. Ele vive para curar os quebrantados e ser um Amigo mais chegado que um irmão; vive para fazer maiores obras do que a realizada nessa ocasião. Ele vive para retornar ao seu povo, a fim de que este nunca mais chore e todas as lágrimas sejam enxugadas de seus olhos.
Ryle, J. C.. Meditações no Evangelho de Lucas (Meditações nos Evangelhos) (pp. 149-150). Editora Fiel. Edição do Kindle.
João 5.28–29 (NAA)
28Não fiquem maravilhados com isso, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a voz dele e sairão:
29os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.
Brennan Manning:
O que confere poder ao ensino de Jesus? O que distingue dos ensinos do Alcorão, de Buda, de Confúcio? O Cristo ressurreto. Por exemplo: se Jesus não ressuscitou, podemos com segurança elogiar o Sermão do Monte como um tratado extraordinário de ética. Se, porém, ressuscitou, tal elogio não faz a menor diferença. O sermão torna-se retrato de nosso destino final. O poder transformador da Palavra reside no Senhor ressurreto, que sustenta esse poder. Permita-me dizer outra vez: o poder dinâmico do evangelho flui da ressurreição. Quando pela fé aceitamos plenamente que Jesus é quem afirma ser, experimentamos o Cristo ressurreto. A Escritura apresenta somente duas alternativas: ou você crê na ressurreição e crê em Jesus de Nazaré, ou não crê na ressurreição nem crê em Jesus de Nazaré.
“O evangelho proclama um poder oculto no mundo: a presença viva do Cristo ressurreto”.
Ilustr.:
https://avozdaserra.com.br/noticias/por-quem-os-sinos-dobram-eles-dobram-por-ti
“Nenhum homem é uma ilha, cada homem é uma partícula do continente, uma parte da Terra. Se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio. A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”, escreveu o poeta inglês John Donne (1572 | 1631), em 1624.
E os sinos, desde sempre tocaram, dobraram, em todas as partes do mundo, pelas causas, por nós, para nos chamar, nos alertar.
“A linguagem dos sinos, como aprendi em visitas a cidades históricas repletas de igrejas, é cheia de nuances. Um sino pode tocar para marcar o horário de uma missa, avisar emergências, chamar para procissões, anunciar nascimentos ou falecimentos. Aliás, quando emitem um cântico fúnebre, essa linguagem cheia de mensagens cifradas leva à pergunta óbvia: por quem os sinos dobram? Ou, quem morreu? Um poema escrito há quatro séculos, ao mostrar a conexão entre tudo o que existe no mundo, resumiu: quem morreu foi você”. (Rafael Sette Câmara, jornalista, site 360meridianos).
1Coríntios 15.54–56 (NAA)
54E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade e o que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “Tragada foi a morte pela vitória.”
55“Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?”
56O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
Grande ideia: Pode celebrar a vida, mesmo em contexto onde a morte ainda é real, quem crê na visita de Deus através do advento de Jesus Cristo.
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